O Fim de Harry
Chega ao fim a saga de Harry Porter com números que não a deixam passar despercebida. Dos sete títulos, foram vendidos mais de 400 milhões de livros em todo o mundo, com traduções para 65 idiomas e, só de seu último livro, Harry Porter e as Relíquias da Morte, foram mais de 11,5 milhões nos primeiros dias de venda nos EUA, com 8,3 milhões deles em apenas 24 horas. São números que realmente impressionam e nos fazem questionar até que ponto o fenômeno Harry Porter influência e incentiva a leitura entre os jovens e sirva de suporte para que elas exercessem mais a escrita e a interpretação.
A preocupação pedagógica é, sem dúvida justificada, mas o ato de promover a leitura é, no meu entender, o maior legado das histórias do pequeno bruxo. Durante 7 anos, meu filho que hoje já conta com 19 anos, leu e assistiu aos livros e filmes dos amigos Harry, Ron e Hermione em suas aventuras e lutas contra as forças maléficas de Lorde Voldemort despertando seu interesse para outras leituras que incluíram, por exemplo, Cem Anos de Solidão de Gabriel Garcia Márquez. O legado de Harry não pode ser desprezado já que muitos adolescentes convivem com sua saga desde que se tornaram aptos à leitura e, portanto, iniciados nesse mundo mágico dos pequenos bruxos.
Cabe aos professores e educadores em geral se aproveitarem do fenômeno para produzirem debates e incentivos à leitura tendo como pano de fundo a Harrymania que está chegando ao fim.
Fonte: Almanaque Saraiva – Ano 6 - #62 – Julho de 2011
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