No programa “Legião Estrangeira” exibido neste
domingo pela TV Cultura, um dos temas debatido foi a recente visita da
Presidente Dilma aos Estados Unidos. A polêmica girou em torno da real
importância que os EUA dão ao Brasil no que diz respeito ao peso político e
territorial. O que me chamou mais a atenção é o fato de que não é interessante
para os norte-americanos ter um outro país no continente que possa lhe ameaçar
a hegemonia continental. Mesmo que ainda estejamos numa democracia precoce e
pouco capaz de tal feito, é de se estranhar, portanto que os EUA nos dê tamanha
importância. Parece-me mais um desdém do que medo de nossa política externa que
não se define e tão pouco é capaz de determinar nossos rumos.
domingo, 15 de abril de 2012
sábado, 7 de abril de 2012
Música e Corpo
Desde
o inicio da civilização humana, a expressão corporal tem sido fonte de
comunicação. O homem utiliza-se desse meio de expressão anteriormente às formas
sonoras já bem antes de seu nascimento e reage a elas quando ainda na condição
de feto absorvendo através da placenta que o hospeda, os sons que lhe
chegam.
Dessa
constatação, não se concebe o som sem a reação (expressão) corporal, pois ambas
são indissociáveis e, traduzindo expressão corporal por dança, tem-se que
música e dança, compartilham do mesmo objeto de difusão que é corpo humano e
suas capacidades. Nele há a possibilidade de o som se transformar em movimento
e vice-versa.
As modernas Pedagogias Educacionais
como a de Orrf ou Dalcroze apregoam, como cita a Profª Melina Sanchez em seu
texto “Corpo e dança na
educação musical: recurso pedagógico somente?!”, que a música deve estar atrelada à expressão
corporal por serem ambas as linguagens, manifestações naturais do ser humano.
Nessa linha de raciocínio, constata-se que a Dança traduz em movimentos os
aspectos de rítmica, pulsação, intensidade, andamento que também fazem parte do
universo Musical e não se apresenta somente como recurso pedagógico, mas sim
como ferramenta que além de preparar o corpo para o exercício musical, é também
matéria prima para o desenvolvimento da consciência espacial, do equilíbrio, do
movimento.
Apesar de ser considerada como Arte,
a Música deixou de ser parte integrante dos currículos escolares por um bom
tempo e, agora com sua redescoberta como matéria disciplinar de peso igual às
disciplinas comuns, ela traz consigo a expressão corporal como por exemplo as
danças de roda que durante muito fizeram parte dos folguedos e brincadeiras
infantis e que foram relegadas quase que ao esquecimento não fossem os pontos
de culturas e seus redutos. Resgatar as raízes culturais na escola através das
Artes é preservar a memória, definir identidade e, acima de tudo educar.
Com a Lei Nº 11.769, busca-se reconduzir
o ensino da Música e da Dança ao patamar antes ocupado por elas na civilização
Grega onde eram acessíveis a todos e estavam presente nos ritos
religiosos, nas festas, no treinamento militar, na educação da crianças.
Juntamente com a Matemática e a Filosofia, a Música era a base da educação do
cidadão grego (Rengel & Langendonck -2008). Corpo e Dança são
partes integrantes do fazer musical e na maioria das vezes são relevados a
segundo plano em razão da falta de qualificação adequada de professores. O
modelo de qualificação dos educadores necessita de uma reformulação para que
possa atender às demandas desse novo Ensino Musical que se apresenta.
REFERÊNCIAS:
www.amusicanaescola.com.br/pdf/Melina_Sanchez.pdf
Ossimar Heleno Batista
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